CTA, Centros de Testagem e Aconselhamento

 

CTA, Você Sabia?


Em vários municípios/cidades do país, existem estabelecimentos do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, da Secretaria de Vigilância em Saúde, especializados em testagem rápidas para diversas IST’s (Infecções Sexualmente Transmissíveis) em consonância com o aconselhamento/orientação para aqueles que os procuram.

No geral, nos Centros de Testagem e aconselhamento (CTA), são oferecidos testagem rápida para o HIV, sífilis, Hepatite B e Hepatite C, profilaxia pós-exposição sexual (PEP), diagnóstico e tratamento das outras ISTs.


Surgimentos das CTA


O ministério da saúde começou com os projetos a partir de 1987, promovendo a criação e a estruturação em todo o território nacional, começando com os COAS, centros de Orientação e Apoio Sorológico

A posteriori, em 1989, o projeto foi ampliado, agregando ações voltadas para a redução do risco e promoção de práticas mais seguras, aderindo então a testagem e o aconselhamento mas amplos e não focadas somente no HIV. Assim o COAS muda sua nomenclatura para CTA, promovendo então a testagem em conjunto a uma edução em saúde adjunto aos aconselhamentos visando portanto a redução do risco e vulnerabilidade

Não obstante, aprimorando as práticas de prevenção, recentemente uma nova esfera de prevenção para o HIV/AIDS entrou em vigor, chamada de Prevenção Combinada. Dessa forma, o mecanismo de funcionamento das CTA se adaptaram, desempenhando ações intrínsecas nas Redes de Atenção a Saúde, auxiliando portanto na Atenção Básica de Saúde



Observações finais:

Para auxiliar na reorganização dos CTA, o Departamento das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais apresenta um conjunto de recomendações, expressas na publicação abaixo, divulgada a partir de 2017.

Assistência e Tratamento, Assistência à saúde, Assistência à saúde, Promoção à saúde, Políticas de saúde, Prevenção, SAE, Profis

Referência Bibliográfica

Ministério da Saúde

Gonorreia: o que é?

     A Gonorreia é uma infecção sexualmente transmissível causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, ou seja, é transmitida por meio da relação sexual anal, oral ou com penetração sem camisinha. A maioria dos casos em mulheres é assintomático, ou seja, o diagnóstico é mais difícil e às vezes só é identificado durante a realização de exames ginecológicos de rotina.  Os sintomas da gonorreia podem surgir até 10 dias após o contato com a bactéria responsável pela doença, como foi citado anteriormente a maior parte dos casos em mulheres é assintomático, no caso dos homens, a maioria dos casos é sintomática e os sintomas aparecem poucos dias depois do contato sexual desprotegido. Quando os sintomas aparecem pode ser: dor ou ardor ao urinar, surgimento de corrimento branco-amarelado (semelhante ao pus), dor ou sangramento durante a relação sexual e dor nos testículos.            Nas mulheres, quando a gonorreia não é identificada e tratada corretamente, há aumento do risco de desenvolvimento de doença inflamatória pélvica, gravidez ectópica e esterilidade, além de também haver aumento da chance da bactéria espalhar através da corrente sanguínea e levar à dores na articulação, febre e aparecimento de lesões nas extremidades do corpo. Dessa maneira, fica explícito a importância de realizar os exames ginecológicos com frequência.     Nos homens é mais fácil de ser identificada e não tem muitas complicações, isso porque a grande maioria dos casos são sintomáticos, o que faz com que o início do tratamento da gonorreia seja mais rápido e eficiente. No entanto, quando o tratamento não é feito de acordo com a orientação médica, podem surgir complicações como incontinência urinária, sensação de peso na região do pênis e infertilidade.                                                                                                                                             Um fato muito importante sobre os casos de gonorreia na população feminina é que pode trazer riscos durante a gravidez. A maior probabilidade contaminação é durante o parto normal, pois o recém nascido pode ser contaminado pela bactéria presente na região genital da mãe infectada, correndo o risco de causar ao bebê conjuntivite neonatal e, por vezes, cegueira e infecção generalizada, com necessidade de tratamento intensivo.                            Durante a gravidez a probabilidade de transmissão é menor, mas  esta infecção está associada a um elevado risco de aborto espontâneo, infecção do líquido amniótico, nascimento antes do tempo, rompimento prematuro de membranas e morte do feto.     Dessa maneira, a melhor forma de prevenção contra a gonorreia é o uso de preservativos durante as relações sexuais. E principalmente as mulheres que são assintomáticas devem realizar os exames ginecológicos com frequência e orientar seus parceiros ao mesmo.  


Fonte: http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/infeccoes-sexualmente-transmissiveis/gonorreia-e-clamidia


Sífilis na atualidade: Ações preventivas e sua condição perante a pandemia de COVID 19

                                                             Sífilis na atualidade:  

Ações preventivas e sua condição perante a pandemia de COVID 19 

Nome: Clara Giuliana Magossi 

Data: 17/11/2021 

Quando se explora notícias em relação à sífilis, nota-se que de uns anos para cá, houve um aumento no número de casos de brasileiros acometidos pela doença. Segundo o Ministério da Saúde, os dados do estudo realizado pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) mostram que a cada 100 mil habitantes, 54,5 testaram positivo para sífilis adquirida. A maior parte das notificações ocorreu em indivíduos entre 20 e 29 anos de idade. Em 2019, o Brasil chegou a identificar 74,2 a cada 100 mil pessoas.  

Dito isso, o público-alvo para essa infecção inclui gestantes e seus parceiros, em uma faixa etária predominantemente entre 20 e 35 anos. Em 2020, 38,8% das notificações de sífilis adquirida ocorreram em indivíduos entre 20 e 29 anos, e 56,4% das gestantes também tinham essa idade. Tais dados levam ao fato de como a profilaxia é importante para a prevenção e controle da proliferação de casos. 

Uma medida que o campo da saúde vem tomando nesses últimos anos e que vem mostrando resultados positivos é a organização de atividades para conscientizar a população a se prevenir das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST 's). Para deixar o atendimento do SUS ainda mais especializado, o Ministério da Saúde lançou ainda o Guia para Certificação da Eliminação da Transmissão Vertical de HIV e/ou Sífilis, que incluiu a abordagem à Sífilis nesta segunda edição. Além disso, a Pasta lançou a atualização do manual técnico para diagnóstico de sífilis.  

Ademais, é digno de nota que a Atenção Primária tem uma forte influência quando se trata de Sífilis, pois através dela é possível identificar de forma rápida e eficiente os pacientes infectados, dito a proximidade com a comunidade e o contato primordial que os profissionais de saúde que atuam nessa área possuem. Assim, quando identificado o caso, o indivíduo é encaminhado para um tratamento especializado e instruído sobre como deve proceder, além do fato de propagar conscientização sobre o tema.  

Dessa forma, por que é tão importante a conscientização e o tratamento da sífilis o quanto antes? Embasando-se na literatura e em dados do Ministério da Saúde, a sífilis é uma doença silenciosa e de caráter sistêmico. Seu patógeno é denominado Treponema pallidum, o qual é transmitido por contato sexual. Mas também possui outras vias, como a gestação ou o parto (sífilis congênita), causando consequências como aborto, natimortalidade, parto prematuro, retardo do desenvolvimento neuropsicomotor, lesões de pele e malformações, com mortalidade em torno de 40% nas crianças infectadas. 

É importante lembrar que a bactéria que causa a sífilis pode permanecer no corpo da pessoa por décadas para só depois manifestar-se novamente, por isso também é classificada como doença silenciosa, fato o qual pode iludir o paciente no quesito da saúde. 

Em suma, quem possui sífilis pode apresentar diversas manifestações clínicas e diferentes estágios patológicos, sendo que inicialmente há o aparecimento de uma úlcera no local de entrada da bactéria, geralmente na região genital, que se cura sozinha. Apesar de sumir com o tempo, a verificação constante da região genital é uma importante forma de profilaxia, pois, caso identifique quaisquer lacerações suspeitas, pode-se procurar auxílio de um profissional da área e, se positivo para sífilis, iniciar o tratamento adequado. Ainda, manifestações iniciais incluem erupções/manchas no tronco, nas mãos e pés; placas e lesões em mucosas. Esta fase pode ser acompanhada de sintomas inespecíficos como febre baixa, mal-estar e cefaléia. Se a doença não for tratada pode evoluir para estágios mais graves, acometendo o sistema cardiovascular e nervoso central. 

Portanto, a sífilis é de fácil tratamento quando identificada em seus estágios iniciais, com base principalmente na injeção de penicilina benzatina de 2.400.000 UI ou outros antibióticos, dependendo da situação apresentada. Quando os estágios vão avançando o tratamento se torna mais rigoroso. A fase mais crítica e a qual precisa de suma atenção é a fase terciária, na qual a infecção se torna mais agressiva, no entanto há tratamento também.  

Referências bibliográficas: 

https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2021-1/outubro/ministerio-da-saude-lanca campanha-nacional-de-combate-as-sifilis-adquirida-e-congenita-em-2021 

https://www.gov.br/saude/pt-br/media/pdf/2021/outubro/14-1/boletim_sifilis-2021_internet.pdf


Infecções sexualmente transmissíveis em crianças e abuso sexual

As infecções sexualmente transmissíveis (IST) são um grupo de doenças com características clínicas e epidemiológicas diversas, mas que possuem em comum o fato de serem adquiridas, direta ou indiretamente, por meio do contato sexual com indivíduos contaminados. Isso faz com que frequentemente se associe esses quadros clínicos a pessoas na faixa de transição entre a adolescência e a vida adulta, mas é de suma importância levar em consideração que indivíduos de todas as idades podem ser afetados, inclusive crianças.

A ocorrência de IST em crianças pode ser resultante de transmissão ao longo da gestação, durante o parto ou após o nascimento, podendo ocorrer por autoinoculação (disseminação de um patógeno existente no próprio corpo do indivíduo) ou por heteroinoculação (disseminação de um patógeno externo pelo corpo do indivíduo, o que no caso de crianças ocorre frequentemente por conta de abuso sexual). O abuso sexual é a forma mais preocupante de transmissão de IST para crianças, devido à dificuldade de rastreio e gravidade das consequências.

A AIDS é um exemplo de IST que pode ocorrer em crianças por conta do abuso sexual. Um estudo de Lindegren e colaboradores (1998) observou que em uma amostra de 9136 crianças soropositivas, 26 tinham sofrido abuso sexual. Outro estudo, conduzido por Beck-Sagué e Solomon (1999), observou que 3,3% das crianças que havia sofrido abuso sexual teriam adquirido sífilis. Contudo, a escassez de literatura pediátrica sobre a epidemiologia de IST em crianças faz com que a transmissão por abuso sexual seja muitas vezes negligenciada.

Além disso, é importante observar que pessoas vítimas de abuso sexual na infância sofrem fortes impactos em sua saúde física e mental. No âmbito físico, o abuso sexual pode provocar lesões genitais e, em caso de fecundação, à transmissão vertical de IST, ao aborto ou parto prematuro, além de casos de esterilidade e carcinogênese. No âmbito mental, o abuso sexual pode provocar comportamentos de risco para a obtenção de IST já na vida adulta, como a multiplicidade de parceiros sexuais e a recusa ao uso de preservativos e de tratamento médico após uma eventual infecção (SENN et al, 2007).


Referências


BECK-SAGUÉ, C. M.; SOLOMON, F. Sexually transmitted diseases in abused children and adolescent and adult victims of rape: review of selected literature. Clin. Infect. Dis., v. 28, n. 1, p. 79-83, 1999.


LINDEGREN, M. L. et al. Sexual abuse of children: intersection with the HIV epidemic. Pediatrics, v. 102, n. 4, p. 46, 1998.


SENN, T. E. et al. Characteristics of sexual abuse in childhood and adolescence influence sexual risk behavior in adulthood. Arc. Sex. Behav., v. 36, n. 5, p. 637-645, 2007.

Mulher se torna primeira doadora de órgãos viva com HIV positivo.


  A primeira pessoa com HIV positivo a realizar doação do rim esquerdo foi Nina Martinez, de 35 anos, ela foi contaminada com apenas alguns meses de vida após uma  transfusão de sangue onde os testes necessários não foram realizados antes do procedimento, entretanto sua carga viral atualmente é indetectável.  

   O receptor também é um paciente com HIV positivo, e realizava hemodiálise já há um ano. Foram os cirurgiões do Hospital Johns Hopkins, em Baltimore, nos EUA, que  transplantaram o rim, ambos permaneceram em tratamento com a medicação anti-retroviral para controle do vírus. 

    Cabe mencionar, que  a resistência à medicação para o HIV, depende do sistema imune de cada pessoa, assim os médicos monitoram de perto o receptor após o órgão doador ser introduzido, e o  receptor faz o uso de medicamentos para que não tenha rejeição do órgão,sendo esses esperados que não interfira nos medicamentos supressores do HIV.

   Até o momento, deixar uma pessoa soropositiva com apenas um rim seria um grande perigo, devido a infecção e a medicamentos que podem aumentar a possibilidade de doença renal.  No entanto, através de estudos realizados pelos pesquisadores do hospital Hopkins, para doadores soropositivos saudáveis, a possibilidade de desenvolver doenças renais graves não é muito  maior do que para pessoas que não são portadoras do vírus. 

   As doações de órgãos entre HIV positivos , antes do transplante de Nina, apenas era possível após a morte do doador, considerando o procedimento um grande avanço científico no âmbito do HIV e também para as pessoas soropositivas. Nos EUA, por exemplo, entre 2016 e 2019 quando uma lei autorizou essa cirurgia, foram realizados 116 transplantes de órgãos de pacientes soropositivos para receptores com HIV, no entanto os doadores eram todos falecidos. Considerando que as filas de pessoas que precisam de doações de órgãos está cada vez maior, e que grande parte das pessoas soropositivas possuem uma vida normal com a saúde excelente e o vírus controlado, esse procedimento representa um marco muito grande na saúde mundial no que se diz respeito a doação de órgãos e esse assunto deve ser cada vez mais explorado e disseminado pelo mundo. 


Adaptado por: Amanda Lopes e Milena Lindolfo.

Referência: 

G1 GLOBO. Mulher se torna a primeira doadora de órgãos viva com HIV positivo. 2019. Disponível em : https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2019/03/28/mulher-se-torna-primeira-doadora-de-orgaos-com-hiv-positivo.ghtml. Acesso em: 10 set. 2021.


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